Quanto ganha um médico? Entenda os salários e fatores de influência

Se você já se pegou digitando nos buscadores: quanto ganha um médico? Bem-vindo ao clube! 

Essa é uma das perguntas mais feitas por quem está de olho no curso de Medicina — e, cá entre nós, não é à toa. 

Afinal, depois de anos estudando, noites viradas com café e plantões intensos, todo mundo quer saber se a conta fecha no final do mês. 

Mais do que isso, se você tiver o perfil para medicina, vai querer saber se dá para realizar aquele sonho de viajar o mundo, comprar o carro do ano ou só viver com mais tranquilidade mesmo.

Como eu já gosto de um spoiler, aí vai: o salário de um médico pode variar — e muito! 

Tudo depende da especialidade, da carga horária, da região onde atua, da experiência… e até mesmo se trabalha no SUS ou em clínica particular.

Eu sei que são muitos detalhes, mas vou te explicar tudo com calma. Vem comigo nessa leitura!

Quais fatores que influenciam o salário de um médico?

Antes de falarmos dos números, é importante entender que a remuneração médica varia muito — e isso depende de uma série de fatores. 

Vamos aos principais!

Especialidade médica

Nem todas as áreas da medicina têm a mesma demanda, jornada ou complexidade — e isso impacta diretamente no salário. 

Médicos que atuam em áreas como cirurgia, cardiologia e dermatologia, por exemplo, costumam ter uma remuneração mais alta do que aqueles que trabalham na atenção básica, mesmo sendo todos igualmente importantes para o sistema de saúde.

Mas além da especialidade, existem outros fatores que influenciam. Siga a leitura!

Local de trabalho

O lugar onde o médico atua tem um peso importante na remuneração mensal. 

De forma geral, profissionais que trabalham em hospitais privados, clínicas especializadas ou que mantêm consultórios particulares costumam ter salários mais elevados do que aqueles que atuam exclusivamente em serviços públicos de saúde.

Além disso, o tipo de instituição também pode fazer diferença. Hospitais de grande porte, centros de referência ou redes com estrutura consolidada tendem a oferecer melhores condições de trabalho, mais recursos e, consequentemente, salários mais atrativos. 

Já unidades menores, especialmente as públicas, podem oferecer estabilidade, mas nem sempre conseguem acompanhar a média salarial praticada na rede privada.

Essa diferença muitas vezes faz com que o médico atue em mais de um local, buscando equilibrar propósito e retorno financeiro.

Tempo de experiência

Na Medicina, a experiência faz muita diferença — tanto para a segurança do paciente quanto para o bolso do profissional. 

De acordo com a Demografia Médica no Brasil 2025, médicos com mais de 10 anos de atuação recebem cerca de 40% a mais do que os recém-formados. A curva de crescimento é clara: com o tempo, vem a valorização.

Jornada de trabalho

Quanto maior a carga horária, maior o salário. Um médico que trabalha 20 horas por semana, por exemplo, ganha significativamente menos do que outro com jornada de 40 ou 60 horas. 

Além disso, muitos médicos atuam em mais de um local para complementar a renda, o que pode deixar os dias bem puxados.

Localização geográfica

A cidade ou região onde o médico atua também interfere na remuneração. Os maiores salários estão nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

Já em regiões mais afastadas ou com baixa cobertura médica, os salários podem ser mais baixos — embora algumas localidades ofereçam incentivos extras para atrair profissionais.

Qual é o salário recomendado pela Fenam?

A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) estabelece anualmente um piso salarial como referência para a categoria.

Para 2025, o valor recomendado é de R$ 20.329,70 para uma carga horária de 20 horas semanais, calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024.

Esse valor serve como parâmetro para negociações e acordos coletivos, buscando garantir condições mais justas para a atuação médica. 

No entanto, é importante destacar que sua aplicação prática pode variar conforme a região e o tipo de vínculo empregatício.

Projeto de Lei busca padronizar o piso salarial do médico

Reconhecendo as disparidades na remuneração médica, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 1.365/2022, que propõe a atualização do piso salarial dos médicos e cirurgiões-dentistas. 

O projeto prevê um piso de R$ 13.662,00 para uma jornada de 20 horas semanais, com reajuste anual baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Além disso, o projeto estabelece que o adicional noturno e as horas extras sejam remunerados com um acréscimo de 50% sobre a hora diurna ordinária, buscando garantir condições de trabalho mais justas para os profissionais da saúde. 

Qual é o salário de um médico do SUS?

De acordo com a Demografia Médica 2025, médicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) recebem, em média, entre R$ 6 mil e R$ 11 mil, dependendo da região e do tipo de contrato. 

Em alguns casos, a remuneração pode ser complementada com gratificações ou bônus por plantão.

Quanto ganha um médico recém-formado (generalista)?

Médicos recém-formados que atuam como generalistas, principalmente na atenção primária, recebem salários médios entre R$ 5 mil e R$ 9 mil, segundo dados do Novo Caged. 

A maioria começa em ambulatórios, UBSs e serviços públicos, ganhando experiência enquanto planeja a residência ou outra especialização.

Quanto ganha um médico emergencista?

Profissionais que atuam em emergências, como em UPAs, prontos-socorros e no SAMU, costumam receber entre R$ 9 mil e R$ 18 mil por mês. A remuneração varia conforme a jornada e os plantões. Em locais mais remotos, os valores por turno podem ultrapassar R$ 1.000.

Quanto ganha um médico concursado?

Os salários de médicos concursados variam bastante conforme o órgão contratante (prefeitura, estado ou União), a carga horária e o plano de carreira. 

A média fica entre R$ 10 mil e R$ 25 mil, podendo aumentar com o tempo de serviço, gratificações e progressão na carreira pública.

Quanto ganha um médico cirurgião?

Os cirurgiões estão entre os profissionais mais bem pagos da Medicina. Segundo a Demografia Médica 2025, os rendimentos podem ultrapassar os R$ 40 mil mensais.

Além disso, quem atua na rede privada e realiza procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas ou neurológicas.

Quanto ganha um médico clínico geral?

O clínico geral é aquele profissional versátil, que atua na linha de frente dos atendimentos médicos, seja em hospitais, consultórios ou unidades básicas de saúde. E essa importância também se reflete na remuneração.

De acordo com dados atualizados do Novo Caged, a média salarial de um Médico Clínico Geral em regime CLT é de R$ 9.616,95 para uma jornada de 23 horas semanais.

Essa informação tem como base o levantamento do Portal Salário com mais de 20 mil vínculos empregatícios formais analisados nos últimos 12 meses.

Ainda segundo o levantamento, em 2025, o salário desse profissional pode variar entre o piso de R$ 9.354,30 e o teto de R$ 19.977,24, a depender do tipo de empresa, localidade, grau de experiência, formação e plano de cargos e salários da organização.

Quanto ganha um médico pediatra?

Se você tem paixão por cuidar dos pequenos e pensa em seguir na área da Pediatria, saiba que esse é um dos campos com boa demanda — especialmente em hospitais infantis, clínicas especializadas e unidades públicas de saúde.

De acordo com dados do Novo Caged, um médico pediatra ganha em média R$ 9.632,03 para uma jornada de 22 horas semanais, considerando os registros de 2.491 profissionais admitidos e desligados em regime CLT nos últimos 12 meses.

A remuneração pode variar bastante: em 2025, o piso salarial está em R$ 9.368,97, enquanto o teto pode chegar a R$ 19.172,63. 

Na prática, muitos pediatras compõem uma renda entre R$ 9 mil e R$ 18 mil mensais, combinando diferentes vínculos e turnos.

É uma carreira exigente, mas também muito gratificante para quem ama cuidar da saúde infantil.

Quanto ganha um médico cardiologista?

Se o seu coração bate mais forte pela ideia de cuidar… bem, dos corações dos outros, a Cardiologia pode ser o seu caminho.

A especialidade é uma das mais valorizadas da Medicina, por isso tende a apresentar salários mais altos — especialmente quando combinada com subespecializações como hemodinâmica ou cardiologia intervencionista.

Segundo dados do Novo Caged, o piso salarial é de R$ 7.671,21 e o teto salarial de R$ 15.142,15.

Esses valores dependem do segmento da empresa, localidade, formação, experiência na função e política de cargos e salários da empresa.

Como entrar na carreira médica?

Já percebeu que a Medicina pode dar muitas possibilidades pra você, não é mesmo?

Mas antes de carimbar o CRM, o ponto de partida é claro: ser aprovado em um curso de Medicina autorizado pelo MEC. 

A graduação tem duração média de seis anos. Ao final, muitos optam por seguir direto para a residência médica, que é uma especialização prática com duração de 2 a 5 anos, dependendo da área escolhida. 

É nesse período que você se aprofunda naquilo que mais faz seu coração bater mais forte: pediatria, cardiologia, cirurgia, emergências…

Sim, o caminho é longo. Mas é também uma jornada transformadora — tanto para quem escolhe essa profissão quanto para todos que serão impactados por ela. 

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