É realmente possível gostar de estudar?
Para muitos estudantes, o momento do estudo chega a ser parecido com um momento de castigo. Para outros, é visto como um momento de lazer.
E você deve está se perguntando: “Porque a forma de enfrentar os estudos e todo o contexto de: DECIDIR ESTUDAR, é tão diferente para cada pessoa?”
Neste artigo, vamos falar das diferentes realidades dos estudantes e algumas técnicas que poderão te ajudar – e MUITO – a viver o tempo dos estudos de forma mais leve e proveitosa.
Afinal, fazer o que não gosta e com inúmeros obstáculos é um fator que influencia negativamente no seu desempenho nos estudos.
Aqui vale a frase: “cada um tem seu jeito de encarar os desafios”, e na realidade dos estudos é exatamente isso que acontece.
Ao analisar o cenário de cada um, entendemos na prática que não tem nada mais pessoal quando falamos em sacrifícios e lazer.
Provavelmente você conhece alguém que acorda 3, 4 horas da manhã para ir pedalar na rua. Isso está longe de ser um sacrifício para ele.
Outros têm um vício em correr, participam de maratonas e inúmeras provas de corrida, mas para você não necessariamente é assim.
O que acontece em grande parte dos casos é a criação de um hábito, que pode ocorrer de forma despretensiosa ou até mesmo “forçada”.
Aqui encaixa bem o exemplo daquele seu amigo que começou a correr despretensiosamente e hoje em dia está sempre na rua — fazendo alguma atividade física, se preparando para correr ou correndo de fato. Por quê? Porque essas pessoas se viciaram no processo.
E se isso acontecesse no cenário dos estudos. Já imaginou, você se tornar um viciado em estudar?
Não seria bom? Imagina, em vez de ser um sacrifício diário sentar para estudar e reclamar da vida, você gostar do que está fazendo.
A virada de chave acontece exatamente nesse momento:
APRENDER A GOSTAR…
Quando a gente gosta de alguma coisa, a gente se concentra melhor, presta mais atenção, retém melhor a informação. Com isso, o resultado é muito melhor do que se você estiver odiando o processo.
E para esse processo acontecer, há no jogo alguns aspectos que podem te auxiliar a encarar o tempo do estudo de forma mais prazerosa:
Então vamos lá:
Como é que a gente pode ficar viciado em estudar?
1. O mito da motivação: por que ela não vem antes da ação
Um dos maiores equívocos quando se fala em produtividade e estudos é acreditar que a motivação aparece do nada — como se fosse preciso “sentir vontade” para começar. Mas, como mostra o livro O Mito da Motivação, a realidade é justamente o oposto: a motivação nasce do progresso.
Cada pequena conquista — uma página lida, um conteúdo revisado, uma meta alcançada — gera uma sensação de avanço. E é esse sentimento que ativa o cérebro, liberando dopamina, o neurotransmissor ligado ao prazer e à recompensa. Com o tempo, essa “dose de progresso” se torna viciante, e você sente vontade de continuar.
O segredo está em criar metas concretas e alcançáveis. Dizer “vou estudar todos os dias” é vago demais para gerar engajamento real. Em vez disso, defina objetivos específicos, como “hoje vou estudar por 40 minutos”, “vou revisar a matéria X” ou “vou resolver 15 questões”. Essas metas tangíveis oferecem uma direção clara, reforçam a sensação de conquista e ajudam a manter a constância nos estudos.
2. O verdadeiro vilão dos estudos não é a preguiça — é o exagero
Muita gente acredita que a preguiça é o principal obstáculo na jornada de quem estuda para concursos ou provas importantes. Mas a verdade é que o grande vilão é o exagero. Há quem mergulhe de cabeça nos estudos a ponto de esquecer o resto da vida: negligencia o sono, a alimentação, a saúde mental e até o convívio com as pessoas. Tudo isso em nome de um sonho.
Só que esse excesso cobra um preço alto. A falta de equilíbrio leva ao estresse crônico, que aumenta os níveis de cortisol — um hormônio que, em excesso, prejudica a memória, o foco e a motivação. Ou seja: o que era para ser um esforço produtivo acaba se tornando um grande obstáculo.
A solução? Trazer os estudos para a sua realidade, com equilíbrio. É claro que haverá renúncias — isso faz parte do processo. Mas a constância só é possível quando a rotina é sustentável. Estudar o dia inteiro, todos os dias, sacrificando tudo, não vai te levar mais rápido à aprovação. Pelo contrário: pode ser o que te afasta dela.
3. Inspire-se em quem você quer se tornar — sem se comparar de forma destrutiva
Ao invés de se comparar com outras pessoas de maneira negativa, use essas referências como fonte de inspiração. Pensar assim: “quero dominar essa matéria como aquela pessoa que já passou pela prova”, pode ser um verdadeiro combustível para os seus estudos.
Essa mudança de perspectiva transforma o estudo em algo mais significativo. Em vez de focar no quanto ainda falta, você passa a visualizar aonde pode chegar. Imagine-se compreendendo com facilidade o conteúdo que hoje parece complicado. Essa visualização positiva muda a forma como você encara a jornada — e torna o caminho mais leve e motivador.
4. Comece pelo “porquê” — e mantenha esse propósito vivo
Simon Sinek popularizou uma ideia simples, mas poderosa: comece pelo porquê. No início da jornada de estudos, o propósito costuma estar claro — passar no concurso, conquistar estabilidade, mudar de vida, ajudar a família. Mas, com o tempo, esse motivo vai se perdendo. A rotina engole o propósito, e o estudo vira apenas mais uma tarefa no dia.
Por isso, é fundamental recordar constantemente do motivo que te fez começar. Reforce esse “porquê” com frequência. Visualize seus objetivos, escreva-os, fale sobre eles. Isso traz sentido aos momentos em que o cansaço bate.
E vá além: reflita também sobre o conteúdo que está estudando. Como o conhecimento pode ser útil na prática?
Tornar o estudo mais concreto e aplicável faz toda a diferença — aproxima você da realidade e faz com que o aprendizado seja fixado na memória de longo prazo, afinal a sua referência do conteúdo está ligada a algo que é mais “fácil” para você.
5. Crie pequenos rituais e torne o estudo mais prazeroso
Pode ficar tranquilo, não estamos falando de mecanismos que podem te transformar em uma pessoa “mimada”, e sim em uma forma de tornar o processo dos estudos algo mais agradável e menos monótono.
Ter esses momentos de recompensa também não afeta em nada a força que você precisa para se tornar uma pessoa mais resiliente durante os estudos.
Ah e também não é frescura, se algo te faz se sentir melhor, porque não adotar, não é mesmo?
Sabe aquele cheirinho de vela perfumada? Ou uma simples xícara de café ao iniciar o momento dos estudos junto a uma música que você goste, ajudam a transformar a sua percepção sobre o estudo.
Todos esses exemplos são válidos, mas a sensação de dar um check nos estudos é algo que pode te deixar cada vez mais motivado.
Um exemplo disso é a linha da constância ou o calendário da constância que temos na Plataforma do Estudei.
Esses rituais podem acontecer em três momentos:
Antes de estudar: prepare o ambiente com carinho. Faça um café, organize seu espaço, escolha uma playlist suave. Esse início acolhedor já ajuda o cérebro a entrar no ritmo com mais tranquilidade.
Durante o estudo: mantenha o clima agradável. Sons ambientes, como barulho de chuva ou canto de pássaros, podem aumentar a concentração.
Depois do estudo: recompense-se. Dê uma pausa, caminhe um pouco, brinque com seu pet ou simplesmente observe o céu por alguns minutos. Esse tipo de autocuidado reforça a ideia de que estudar não é punição — é um processo que pode (e deve) ser vivido com bem-estar.
Criar esse tipo de ritual ajuda a fortalecer a constância e a tornar os estudos parte natural da sua rotina — e não uma obrigação desgastante.
Vamos finalizar mais esse artigo e guarde na sua memória que é possível gostar de estudar — mas isso não acontece de uma hora para outra.
É algo que se constrói com rotina, propósito e pequenas mudanças no dia a dia.
Ao criar metas claras, manter o equilíbrio, buscar inspiração, lembrar do seu “porquê” e transformar o ambiente de estudo com rituais simples, o processo se torna mais leve e até prazeroso.
Deixe seu comentário ou dúvida, estamos aqui para te ajudar a encarar os obstáculos do estudo.
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