Neste fim de semana que passou eu estava no ônibus e havia um casal com uma menina no colo e de repente comecei a reparar na conversa desta criança.
Eu não sei dizer a idade dela, mas acho que tinha uns 7, 8 anos.
Ela falava bem alto, não estava gritando ou brigando, mas não tinha como eu não prestar atenção.
O que me chamou mais atenção foi o assunto.
Ela estava comentando que o amiguinho da escola dela tinha um ipad e que ela deveria ter um também.
De repente, sei lá se deu um surto, ela começou a perguntar de forma insistente para o pai, o que ele daria para ela de presente: um ipad, um iphone ou um tablet.
A mãe respondeu que iphone é coisa de adulto e que ela poderia ter quando começasse a trabalhar (o que eu achei uma resposta incrível e consciente). O pai também falou que o menino talvez nem tivesse um, apenas falou que tem.
A menina, indignada, começou que nem um papagaio, a perguntar: “O que o senhor vai me dar?”O que o senhor vai me dar?”
Eu já não estava aguentando e fiquei bem irritada com a insistência, a pesar da ótima postura dos pais e cheguei a uma conclusão que ela não aprendeu em casa este tipo de “consumo”desesperado, mas o meio em que ela anda acaba influenciando.
Eu sei que, infelizmente, por mais que nos dediquemos a dar uma boa educação às nossas crianças, não estaremos todo o tempo com elas e nem saberemos o que elas escutam a todo instante.
Vejo que muitos pais se endividam porque acreditam que encher o filho de presente é sinal de que ele é amado ou então que precisa encher a criança de bens para que ela não se sinta diminuida na frente dos colegas.
A verdade é que você precisa demonstrar amor nas suas atitudes e uma das melhores formas de demonstrar amor é ensinando a valorizar as pessoas, os sentimentos, os momentos com pessoas queridas e ensinando também a viver segundo sua realidade. Sem ostentar os mentir.
Pense que um dia seu filho sairá de casa e começará a trabalhar e talvez se sentirá frustrado se não puder comprar tudo o que vocês, pais, davam quando estava debaixo do mesmo teto.
As chances desta criança virar um adulto super consumista, endividado e infeliz são muito grandes e cabe a você evitar este triste fim.
Amor é atitude e não algo concreto.
Realização pessoal é ter o necessário e ser equilibrado em tudo.
Ensine o que realmente vale a pena, para que quando ele escutar outras coisas fora de casa fique firme na educação que recebeu!
Um abraço!
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